My Space

15 maio, 2008

Desabafo da solitude!


Sabe aqueles dias em que ficamos sem chão.. pois é... aconteceu! E agora?? Achava que as bases estavam sólidas e firmes, mas não! É como se elas jamais estivessem ali. e logo na semana dos terremotos, mesmo sendo do outro lado do mundo, senti os abalos aqui. O corpo tremeu e as coisas perderam o sentido!
E tudo que eu fiz??
Me arrependo??
Não sei! Quem sabe! É tão estranho, tudo ficou assim.. sabe?? Não??

E o pior é o poder que esse maldito e tão querido orgão, o coração, tem sobre o corpo... ele simplesmente ignora todas a leis do corpo e da mente e chuta todos os princípios... Ficamos sem saber o que fazer, para onde ir, com quem falar, em quem confiar. Nos culpamos por dizer coisas e pensamos.. será que deveria ter feito? Foi certo?? deveria ser assim??

Por quê logo agora? PORRA!!!
Mas é assim... Nessa terra de gigantes....
Mas e os filhos? família? Amor?

Nada??

Ah!! solta o som e abre a ceva..
Agora é iniciar a desintoxicação e voltar ao convívio social!

06 maio, 2008

Carta ao Vazio



Se pudesse descrever o universo, diria que é tão escuro quanto de possa ser e tão espetacular como as emoções do ser humano, o universo é a união entre o grande vazio e a imensidão do viver. Lá podemos encontrar tudo e nada, ouvir o barulho ensurdecedor do silêncio, contemplar as estrelas cadentes e mergulhar na maravilhosa aurora. Ah! Se eu pudesse descrevê-lo, seria como voltar no tempo e desfrutar tudo aquilo que perdi, adorar tudo aquilo que odiei, amar todos que desprezei... Fico entusiasmado só de pensar, nas cirandas, no pega-pega, no esconde-esconde! Como seria bom gritar, com a benção do Todo Poderoso, as maravilhas de seu jardim, exaltar as multidões para que de mãos dadas vissem a beleza e o esplendor deste lugar tão inóspito, porém tão cheio de esplendor.


Imagine só, vestir-se de uma constelação diferente a cada dia, jantar sempre sobre a luz do luar, aquecer o corpo no Sol, e quando o corpo estiver cansado, lançá-lo-ia para a imensidão, sem preocupação com tempo, compromissos, deveres. A única necessidade seria viver. Quem sabe encontrar aquele menino e sua rosa, e entender o porquê ele preferiu a Terra, tendo tantas opções, por que esse planeta azul, perfeito por fora, mas tão sem amor por dentro, por que um planeta onde seus semelhantes destroem aquilo que foi tão difícil construir. Será que ele responderia? Creio que deva escrever uma carta para ele, vamos lá.

Ilmo Sr. (como é o nome dele? Não importa agora, depois coloco)
Venho por meio desta, saber por qual motivo escolheste visitar a Terra e não outro planeta?
Ass.Eu.

Agora, para onde devo mandar? Nossa que difícil, acho que já sei, quando o cometa passar laçá-la-ei em sua calda, para que leve e esperarei pela resposta, será que virá? O que será que ele dirá? Esperarei como um astronauta pela sua viagem, como um pai pelo seu filho, como um coração pelo seu amor! O que será que ele dirá? Se é que dirá... (Ora, vamos lá, pensamento positivo) Claro que ele dirá que foi por que sentiu que aqui existe uma beleza jamais vista em locais já visitados por ele, dirá que neste planeta o maior calor não é o Grande Astro da luz e sim o amor e os sentimentos daqueles que acreditam em um mundo melhor, cheio de respeito, humanidade, clareza, amor e sabedoria. Um mundo onde todo o Universo seja resumido, um lugar tão grande escondido em uma pequena redoma de gases.


Ah!!! O Universo, como queria poder descrevê-lo, talvez o menino, que agora possa ser homem, saiba um pouco mais sobre como ele é, e consiga caminhar com as próprias pernas pelo grande deserto de estrelas, pelo labirinto de constelações e após, mesmo cansado, deixar-se levar para outro e outro e outro lugar, sempre aprendendo, sempre cativando e deixando-se cativar, pois afinal do que vale o conhecer se não se pode sentir!
Ah, universo, deseje-me boa noite, pois durmo essa noite com o pensamento nesta carta e torcendo para que a rosa tenha virado roseira e o rapaz ainda esteja alerta para me ajudar nesta nova jornada descritiva....

Ass.
Peregrino.